Shoppings aumentam frequencia de velhos e dos que não compram
O Shopping já foi sinônimo de "centro de compras". Agora está se tornando mais em um "centro de lazer e menos compras", é o que mostra um estudo do Ibope Inteligência.Entre 1998 e 2016, o número de shoppings no Brasil explodiu. Eram 185 locais em 1998, espalhados em apenas 81 cidades.
Em 2016, são 503 centros, em 191 municípios.
Os números da pesquisa usaram como amostra os clientes de São Paulo e Rio de Janeiro, apenas.
Confira 9 variáveis sobre os clientes de shopping centers no "Brasil"
1. Clientes mais velhos
A população brasileira está ficando mais velha. E os clientes de shoppings também - e de maneira mais acentuada. Em dez anos, 4 em 10 clientes terão mais de 45 anos. Isso impactará vários aspectos: arquitetura, ambientação, produto, promoção, localização.
Ano | % 45 anos ou mais |
---|---|
1998 | 18% |
2016 | 29% |
2020 | 40% |
2. Clientes mais estudados
Os clientes brasileiros de shoppings estão mais estudados. O número de clientes com ensino superior mais que dobrou em pouco menos de duas décadas.
Ano | % com Ensino Superior |
---|---|
1998 | 21% |
2016 | 48% |
3. Classes mais altas
Clientes das classes A e B estão frequentando mais os shopping centers.
Ano | % Classes A e B |
---|---|
1998 | 61% |
2016 | 80% |
4. Menos mídias tradicionais
Mídias tradicionais, como rádio e jornal impresso, estão menos populares entre os consumidores de shoppings. Já a mídia segmentada, como a TV a cabo, cresceu.
Leitores de jornais | 1998 | 2016 |
---|---|---|
% | 88% | 44% |
Assinantes de TV paga | 1998 | 2016 |
% | 40% | 72% |
Ouvintes de rádio | 1998 | 2016 |
% | 92% | 70% |
5. Tempo de consumo
Os brasileiros estão ficando mais tempo dentro dos shoppings.
Ano | Tempo |
---|---|
1998 | 71 minutos |
2016 | 84 minutos |
6. Dentro das lojas
Apesar de mais tempo dentro do shopping, o brasileiro está entrando em menos lojas. Isso mostra que os clientes vão sem um objetivo claro de compra e precisam ser atraídos por vitrines. "Estas pessoas colocam o pé para dentro de alguma loja quando são 'fisgadas' pela vitrine. Produtos atrativos, exposição clara dos preços, entre outros fatores, devem ser muito bem planejados para que a loja seja bem-sucedida nesta tarefa", explica Márcia Sola, diretora da área de shopping, varejo e imobiliário do IBOPE Inteligência.
Ano | Entraram em alguma loja |
---|---|
1998 | 83% |
2016 | 67% |
Ano | Número de lojas visitadas |
1998 | 3,3 |
2016 | 1,9 |
7. Menos compra
As pessoas que frequentam shoppings também estão comprando menos:
Ano | % que fez uma compra |
---|---|
1998 | 43% |
2016 | 40% |
8. Espaço de lazer
O fato dos brasileiros entrarem em menos lojas, comprarem menos e ainda assim passarem mais tempo no local mostra que o shopping é um espaço não apenas de consumo, mas de lazer e entretenimento. Inclusive, os shoppings aumentaram suas áreas de convivências. Shoppings antigos têm cerca de 8% de área de alimentação. Os mais novos dedicam 17% do seu espaço.
Veja a motivação de visitas:
Lazer | 55% |
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Consumo | 34% |
9. Motivos da visita
Os consumidores estão indo menos pela compra e mais pelo lazer:
Clientes que vão comprar algo | 1998 | 2016 |
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% | 46% | 34% |
Vão passear e ver amigos | 1998 | 2016 |
% | 16% | 37% |
Vão para comer | 1998 | 2016 |
% | 10% | 18% |
E agora, para onde vão as estatísticas dos shoppings? No meu ponto de vista, a tendência agora é ser eficiente, ou seja: não dá para atender mal, não aproveitar a entrada dos clientes dentro da loja e ignorar a concorrência. Quem continuar fazendo mais do mesmo, vai colher os mesmos resultados cada vez menores.
fontes: Exame e Ibope