Estrategia Terrorista | TIM denuncia Vivo de plagio em campanha de marketing e Conar acata
Já diziam os alunos do ensino fundamental: "nada se perde, nada se cria, tudo se copia". Claro que uma frase destas está mais para adaptação de Lavoisier, mas o fato é que seja por coincidência ou por alguma sacada de algum profissional de criação, seja lá quem teve a ideia, com certeza retirou de alguma outra campanha publicitária. Ou tá achando que foi retirada de uma estante? O Conselho acatou a denúncia da TIM contra a concorrente, que teria copiado elementos visuais em campanha publicitária.
Fato, quando o marketing não é feito com responsabilidade o tiro sai pela culatra. Já imaginou o tempo perdido na produção dessa peça, o investimento feito em tempo, e pessoas envolvidas na aprovação para depois falarem que foi plágio. Pelo menos é menos pior que aquele chocalho do Brown!
As pessoas podem até serem inocentes neste caso, mas o mundo é cruel e implacável!
Peça da TIM que teria sido plagiada pela Vivo: concorrente repetiu a ideia trocando a cabeça do Blue Man pelo boneco da Vivo, segundo o Conar.
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) acatou a denúncia da TIM contra a operadora Vivo por suposto plágio em uma das suas campanhas publicitárias veiculadas este ano.
Por maioria dos votos, a Vivo foi punida com sustação da campanha acusada de copiar o elementos visuais da "TIM Intelligence", ação da TIM voltada a planos empresariais.
As duas peças usam o mesmo conceito - os símbolos das companhias, respectivamente o Blue Man da TIM e o boneco da Vivo, em corte longitudinal e com elementos variados na parte interna - para ilustrar ações publicitárias diferentes.
O processo foi arquivado em primeira instância, mas a TIM recorreu e na última reunião do conselho, cujas decisões foram divulgadas nesta quarta-feira, o Conar recomendou sustação da propaganda. A Vivo tem 15 dias para recorrer e por enquanto a orientação é que a veiculação da peça seja suspensa.
Procurada pela reportagem, a Telefônica Vivo afirmou em comunicado que o episódio não configura plágio, "já que para que isso ocorra é necessário que o denunciante detenha a 'originalidade' do 'artifício criativo', o que não é o caso da outra operadora". Segundo a companhia, a suspensão é resultante da "possibilidade de 'permitir confusão' junto aos consumidores, em virtude de semelhança de campanhas usadas em período de tempo muito próximo e de empresas que disputam o mesmo mercado".
A Telefônica prossegue ressaltando que o caso ainda não está finalizado pelo Conar e a empresa estuda recorrer da decisão.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
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Fonte: Exame