Estratégia Carrefour | rede muda modelo de negócios, dá autonomia aos gestores e vende até sushi em Paris
Finalmente a rede de varejo resolveu competir com suas concorrentes. Uma das maiores lojas do Carrefour na França está com uma nova estratégia para ganhar mais clientes. Além dos alimentos e produtos habituais em um supermercado, franceses passaram a encontrar camisas do Paris Saint-Germain nas prateleiras. Também há sushi preparado dentro da loja. Mas apenas naquela unidade específica.
A chegada da camisa do PSG e de comida japonesa a uma única loja do Carrefour, e não a toda a rede do grupo, reflete a mudança de estratégia do grupo francês para fazer frente ao Walmart. A empresa deu mais autonomia e liberdade para os donos de supermercados.
"Agora, com a descentralização, os gestores podem ficar mais envolvidos", contou Marc Helm, dono da unidade que oferece uniforme de futebol e sushi, ao jornal norte-americano The Wall Street Journal.
O CEO do Carrefour, George Plassat, no cargo desde o ano passado, tem mudado os rumos do grupo, ao se desfazer de ativos e focar na operação dentro da França.
Lucro do Carrefour triplica em 2012
Durante a apresentação dos resultados financeiros do ano passado – no qual a companhia encerrou com lucro líquido de 1,233 bilhão, um crescimento de 232,3% em relação a 2011 –, o executivo disse que irá expandir suas operações em mercados emergentes, como América Latina e Ásia.
Mas a Europa ainda é responsável por quase 70% das vendas do Carrefour e, portanto, é tida como fundamental para a virada que a rede de supermercados tem tomado.
Em muitos países europeus, com a crise econômica, os resultados caíram. Casos de Espanha e Itália. Ao todo, a queda nas receitas foi de 21%. Mas houve sinais de que a estratégia de Plassat de dar mais liberdade aos gestores franceses tem funcionado. No país de origem, a receita operacional cresceu 3,5%.
Os supermercados franceses do Carrefour, que representam quase um quarto das vendas globais, foram o ponto forte da companhia por várias décadas. Mas estratégias equivocadas ao dar preços, a estagnada economia francesa e a migração de muitos consumidores para lojas online causaram um impacto negativo na rede francesa.
Agora, o Carrefour passou a focar em preços baixos todos os dias (lembra algum concorrente?), uma política de preços que tem ido e voltado ao longo dos anos. A mais recente promoção foi introduzir uma lista de 500 produtos cujos preços são, com certeza, os mais baixos.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
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Fonte:Negócios
