E-commerce | eÓtica quer ser referência na venda de óculos on-line

quinta-feira, agosto 09, 2012 Jony Lan 0 Comments


Lacuna no mercado levou ao desenvolvimento da primeira ótica exclusivamente on-line do país. O objetivo é conquistar a popularidade da Dafiti, mas com a venda de óculos e lentes. Ballardie, CEO e cofundador da eÓtica: "Queremos ser a Dafiti dos óculos".


Praticidade, agilidade e uma dose de comodismo impulsionam a expansão do comércio eletrônico para além dos sites com produtos diversificados.

A segmentação é uma tendência. De sites especializados em produtos para bebês a sapatos, o e-commerce, responsável por um faturamento de R$ 18,7 bilhões em 2011, ganhou mais uma modalidade: o de óticas.

A eÓtica é a primeira ótica on-line do país. O negócio contou com aportes de investidores-anjo, como Kai Schoppen, e do fundo de investimentos Kaszek Ventures.

Os números são sigilosos, uma vez que o negócio ainda não completou um ano de funcionamento. A eÓtica está no ar desde o final de 2011.

Schoppen explica que o investidor-anjo, dependendo do modelo de empreendimento, faz um aporte médio de R$ 100 mil a R$ 200 mil. "É o padrão do mercado", afirma.

Esse recurso é conhecido como "capital feed", ou capital necessário para iniciar as operações. Os fundos de investimentos entram em um segundo momento, geralmente para financiar a expansão da atividade.

Segundo Bruno Ballardie, CEO e cofundador da eÓtica, a ideia do negócio surgiu a partir do estudo do mercado de e-commerce. "Não tinha ninguém dominando o mercado ótico brasileiro na internet, como a Dafiti faz no setor de calçados", afirma. "Queremos ser a Dafiti dos óculos", brinca.

A loja virtual é comandada ainda por Eduardo Baek, também fundador, e Bruno Santilli, sócio. Kai Schoppen, ex-CEO da BrandsClub, e Florian Otto, ex-CEO do Groupon no Brasil, são os conselheiros e investidores-anjo.

A estimativa é que o setor ótico fature R$ 1 bilhão até 2016, e a eÓtica espera conquistar 40% do total, ou R$ 400 milhões.

"Por que ir até uma loja para comprar? Você enfrenta trânsito e tem que pagar estacionamento. A loja virtual é comodidade para quem mora em cidade grande", diz Ballardie.

Com a primeira rodada de investimentos da Kaszek Ventures e do investidor-anjo Kai Schoppen, além da oferta de óculos, a loja lançou o Clube de Lentes, modalidade de assinatura de refil de lentes, garantindo o abastecimento regular do produto ao cliente.

A expectativa é que este serviço eleve as vendas de lentes de contato em até 200% e alcance 10 mil assinaturas até o final de 2013.

Os projetos incluem ainda uma ferramenta - não disponível atualmente - para melhorar a experiência de comprar óculos on-line. Para óculos de grau, o próprio cliente faz a seleção do grau, mas é exigido o upload (envio) da receita do oftalmologista.

Os Anjos

Escolher um negócio para fazer investimento requer um estudo detalhado do segmento de atuação, incluindo modelos existentes no exterior, com ressalva de adaptações às condições locais - como custos de tecnologia e questão fiscal. 

O investidor-anjo Kai Schoppen destaca três pontos que norteiam sua seleção. O primeiro, aparentemente simples, é verificar se é uma boa ideia, pois o modelo de negócio tem que funcionar. 

O segundo elemento é ter uma "ótima" equipe de execução. E, por fim, ter uma operação "bem pensada e bem feita", com sistema interno e logística "perfeitamente" alinhados. "Se têm esses três fatores, acerta o modelo", pondera Schoppen. 

Tanto o investidor-anjo como os fundos de investimentos conseguem o retorno do aporte a partir da venda do negócio. "Sou mais empreendedor do que investidor. Para mim, pode demorar cinco ou 20 anos. Se a empresa for sólida, vou ganhar dinheiro também", diz. 

Abs,

Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com

Fonte: Brasileconômico

Conteúdo relacionado