Branding negativo | Filiais da MRV entram em lista de trabalho escravo
Contingência, essa é a palavra de ordem que a MRV terá como desafio, não só juridicamente como diversas áreas da empresa, como RH e principalmente do Marketing. Reverter esse carimbo na imagem da empresa não será rápido. Ao serem incluídas no cadastro, as empresas infratoras ficam impedidas de obter empréstimos em bancos públicos, mais um problema para a área operacional da empresa. Sua empresa está preparada para o Marketing Terrorista?
Constam da lista de trabalho escravo o Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.
Dois projetos da MRV Engenharia foram incluídas no cadastro de empregadores que exploram mão de obra escrava, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Constam da lista de trabalho escravo o Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e o Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.
"A MRV, surpreendida com a inclusão de seu nome no Cadastro de Empregadores, informa que está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão de seu nome do referido Cadastro", afirmou a empresa em comunicado ao mercado.
Ao serem incluídas no cadastro, as empresas infratoras ficam impedidas de obter empréstimos em bancos públicos, além de poder sofrer restrições por outras companhias.
"Os valores, princípios e missão da MRV são incompatíveis com práticas irregulares trabalhistas", declarou a empresa. A companhia destacou que adota controles rigorosos para a contratação de prestadores de serviço.
Para ter o nome removido, o MTE exige um monitoramento, direto ou indireto, por dois anos, para verificar se não são cometidas novas infrações. Além disso, é exigido o pagamento de multas resultantes da ação.
Segundo o MTE, desde a criação do cadastro, em 2005, apenas nove empregadores conseguiram comprovar os requisitos para a exclusão da lista.
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: BrasilEconômico