Fator Governo | Tim, Oi e Claro criticam decisão da Anatel de proibição de venda de novas linhas

quinta-feira, julho 19, 2012 Jony Lan 0 Comments

Alguém aí já ouviu falar de fatores ambientais? São são aquelas variáveis que gravitam ao redor da empresa e que na maioria das vezes as empresas nem lembram que ela existe e quando é pego de calças curtas, começam a reclamar. Mas fica a pergunta, por que isso aconteceu e será que isso poderia ter sido evitado? Tim foi a empresa mais afetada pela medida da Anatel, sendo proibida de vender novas linhas em 18 estados e no Distrito Federal.

Medida é "extrema" e "anticompetitiva", diz Tim; para Oi e Claro, análise não reflete investimentos recentes.

A decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de suspender as vendas de novas linhas das prestadoras de serviço de telefonia móvel com pior desempenho em cada estado gerou protesto por parte das empresas.

A Tim foi a mais enfática em seu posicionamento, tendo sido a empresa mais afetada pela decisão, com as vendas proibidas em 18 estados mais o Distrito Federal.

Segundo a operadora, a medida da Anatel é "desproporcional" e "certamente afetará a competição no setor de telecomunicações no país em benefício de alguns concorrentes e em prejuízo aos mais de 200 milhões de usuários".

A empresa informou ainda que tomará as medidas necessárias para restabelecer a normalidade de suas atividades, ressaltando que está desenvolvendo um conjunto de projetos de infraestrutura para sustentar seu crescimento, com investimentos de cerca de R$ 3 bilhões ao ano nos últimos quatro anos.

Em sua avaliação, seu desempenho no Indicador Geral de Qualidade de Serviço de Rede da Anatel tem posição de destaque, enquanto o Índice de Desempenho no Atendimento tem registrado melhora, com redução de 36% na taxa de reclamações.

Por sua vez, a Oi ressaltou que está investindo R$ 6 bilhões em 2012 e pretende investir R$ 24 bilhões até 2015. A companhia teve as vendas de novas linhas proibidas em cinco estados brasileiros.

"A companhia entende, pelas informações recebidas até o momento, que o parâmetro que fundamenta a análise da Agência não reflete os investimentos maciços realizados em melhorias de rede", informou a Oi, em nota.

Para a operadora, a análise está defasada e não refletem os investimentos de R$ 290 milhões no Rio Grande do Sul neste ano, ou o crescimento de 20% nos aportes direcionados ao Mato Grosso do Sul. Os dois estados fazem parte dos cinco em que ela foi proibida de vender novas linhas.

Os outros três são da região Norte (Amazonas, Amapá e Roraima), que, de acordo com a Oi, registram obstáculos à implantação da rede, como rompimentos de cabos por obras, quedas de energia e altos índices de vandalismo e furto de cabos e baterias.

A Claro, que foi proibida de vender novas linhas em três estados, incluindo São Paulo, se disse surpresa pela decisão da agência e informou que fez investimentos de R$ 3,5 bilhões na rede em 2012, tendo apresentado um dos melhores indicadores de rede medidos pela Anatel.

A empresa informou que "o critério que impactou essa determinação da Anatel está relacionado a problemas pontuais de atendimento no Call Center que atendem esses estados, cujas ações de melhorias já apresentaram resultados nos indicadores da Anatel do mês de junho".

Dessa forma, a Claro informou que apresentará "prontamente" seu plano de investimento à agência.

A Anatel condicionou a retomada das vendas de novas linhas à apresentação e aprovação de um plano de melhoria na qualidade do serviço. As restrições passarão a valer no dia 23 de julho.

Será que é mais uma ação da estratégia "terrorista" no meio desse contexto?