Estratégia | Nokia traz modelos top de linha para o Brasil
Demorou, mas finalmente a Nokia entendeu que está chegando tarde ao Brasil com seus modelos mais Top de Linha. Parece aquela situação do passado, enquanto a Motorola demorou para agir sobre a tecnologia digital, e a Nokia se sobressaiu, agora esta vê o seu mercado cair e a lentidão na tomada de decisão pode se repetir, agora contra ela.
Com a chegada do Lumia 900 e do 808 Pure View, a fabricante finlandesa pretende ganhar presença entre o público de maior poder aquisitivo.
Objetivo é conquistar consumidor que hoje compra iPhone.
A Nokia começou a vender esta semana seus dois smartphones mais tecnológicos aos consumidores brasileiros.
Com a chegada do Lumia 900 e do 808 Pure View, que custam R$ 1,8 mil e R$ 2 mil, respectivamente, a fabricante finlandesa pretende ganhar presença entre o público de maior poder aquisitivo.
"São telefones voltados a um consumidor jovem e das classes A e B", afirma Vinicius Costa, gerente de produtos e portfólio da Nokia no Brasil. O perfil dos usuários destes aparelhos é similar ao do iPhone, da Apple.
No Lumia 900, o foco são clientes apaixonados por tecnologia. O aparelho utiliza a plataforma Windows Phone.
"Quisemos trazer uma terceira opção para o consumidor, por isso esse sistema operacional", afirma Costa.
Hoje, a maior parte do mercado está dividida entre o sistema Android, do Google, e o iOS, da Apple.
Para o Pure View, a Nokia procura clientes que queiram uma grande qualidade de imagem. "Sempre investimos pesado nisso, tanto que somos os maiores fabricantes de câmeras fotográficas do mundo", diz Costa.
Todas as câmeras da empresa são embutidas em telefones celulares. O Pure View roda o sistema Symbian, da própria Nokia. "Demoramos cinco anos para desenvolver esse aparelho e na época o Windows Phone não era nossa principal plataforma." O aparelho é capaz de tirar fotos de 41 megapixels.
Os smartphones top de linha, porém, não devem se tornar o padrão entre os modelos da Nokia, presidida por Stephen Elop. No Brasil, terceira maior subsidiária da companhia em termos de faturamento, boa parte das vendas da Nokia é de modelos de smartphones mais simples, como o C3.
"São telefones mais baratos, voltados consumidores que até pouco tempo só usavam o aparelho para fazer ligações", diz Costa.
A diversidade é parte da estratégia da companhia para retomar o espaço perdido no mercado mundial de smartphones.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: BrasilEconômico