Estratégia de expansão | Dicico procura quem financie sua ida para o Rio
As vezes um sócio capitalista na empresa dá um fôlego à mais e permite que a empresa faça sua expansão geográfica para conquistar novos mercados e novos clientes. Dimitrios Markakis comprou a Dicico em 1999.
Com operação concentrada em São Paulo, onde tem 55 lojas, varejista de material de construção quer expandir sua presença no país e começará pela capital fluminense.
A varejista de materiais para construção Dicico não vê a hora de assentar seu primeiro tijolo no Rio de Janeiro.
A rede paulista procura oportunidades de fusões e aquisições na capital fluminense e também em São Paulo, onde concentra sua rede de 55 lojas. Para se sair bem na negociação, a companhia avalia se tornar sócia de um fundo de investimento.
"Vários deles estão interessados em entrar neste segmento", diz Jorge Letra, copresidente da Dicico, sem dar mais detalhes.
A decisão de chegar ao Rio de Janeiro acontece em meio a negociação de uma associação com a Todimo, do Mato Grosso, anunciada pela empresa em 2010, mas que ainda não foi concluída. "É um processo demorado, continuamos conversando", afirma o executivo.
Caminhos
No Rio de Janeiro, as redes de mais destaque são bem menores do que a Dicico. A Amoedo possui nove lojas e Casa Show, sete.
"Uma troca de ações ou uma associação com empresas como estas faria sentido", diz Letra. Em São Paulo, Center Castilho, com 11 unidades, além de Peg & Faça e Joli, com nove lojas cada uma, têm perfis que também podem atrair a Dicico.
Por conta deste desejo de comprar ou se associar a outra varejista, o plano de expansão da Dicico ficará restrito a abertura de dez lojas franqueadas. A empresa começou este sistema no ano passado e só fecha negócio com empreendedores que já sejam donos de lojas de materiais para construção.
Além das aquisições, a varejista também planeja iniciar sua operação de comércio eletrônico. Para isto fez uma ampliação de 15 mil metros quadrados em seu centro de distribuição localizado em Guarulhos (SP).
Ao todo o depósito possui 53 mil metros de área construída e está pronto apara atender as vendas on-line nas regiões Sul e Sudeste. "As vendas começarão no segundo semestre", diz Letra.
Cara de chique
Junto com as novidades, a companhia, acostumada a lidar com as classes C e B, esforça-se para dar às lojas um ar mais sofisticado. Além da reforma de sete unidades, as quais devem consumir R$ 25 milhões, o sortimento está passando por alterações. "Começamos vender cerâmicas da marca Portinari, que são de luxo e têm preços elevados", afirma Letra.
Outro exemplo foi o início de comercialização de banheiras Jacuzzi, considerada topo de linha. "Já vendíamos produtos da marca Ouro Fino, mas sem dúvida a Jacuzzi vai atrair um público com maior poder aquisitivo. Também providenciamos marcas de louças sanitárias mais finas".
Para este ano, a varejista planeja vendas 14,5% maiores, o que representará uma receita de R$ 900 milhões.
A Dicico ocupa a quarta posição no ranking no varejo de materiais para a construção, segundo dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
A Leroy Merlin está na primeira colocação seguida por C&C e Telhanorte, que disputam o segundo lugar de um mercado altamente pulverizado.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: brasileconômico