Comportamento | exame de rotina não faz parte da vida dos jovens brasileiros

quarta-feira, novembro 02, 2011 Jony Lan 0 Comments

Desafio | como cobrar por saúde antes que a saúde cobre a vida?

A maioria dos adolescentes brasileiros se mostra preocupada com a qualidade de vida, mas não são todos que procuram o médico para exames de rotina. A constatação faz parte de uma pesquisa do Portal Educacional, que mostra que 88% de mais de 8.500 entrevistados estão preocupados com a saúde, mas 43% dos adolescentes não fazem controle com frequência.

O estudo foi feito entre maio e agosto com alunos de 13 a 17 anos de 82 escolas particulares do país. Como durante a infância o pediatra é a referência de saúde para as crianças, o jovem tem dúvidas sobre o especialista que deve ajudá-lo, justifica a pesquisa.

A médica de adolescentes Tatiane Miranda, membro do Comitê de Adolescência da Sociedade Mineira de Pediatria, comenta que profissionais de sua especialidade, clínicos gerais e pediatras, entre outros, podem fazer o acompanhamento a cada seis meses - segundo recomenda o Ministério da Saúde. "Tem que ser um profissional que tenha interesse em atendê-lo e com conhecimento técnico para acompanhá-lo", comenta.

Segundo ela, os exames de rotina são fundamentais para o momento de crescimento e as mudanças dos adolescentes. Além disso, o médico pode ser um aliado para ajudar com questionamentos comuns da idade, como sexualidade, prevenção de doenças e outras questões pessoais. "O adolescente fala que se sente constrangido, mas precisa desse acompanhamento", diz.

Por outro lado, o serviço de saúde não se mostra muito atrativo ao jovem, segundo a doutora em enfermagem Natália de Cássia Horta, coordenadora do curso de enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas - Unidade Barreiro).

"A percepção de saúde para eles faz parte do cotidiano: viver bem, ter opção de lazer, boa convivência com amigos. O serviço de saúde não consegue interagir com os jovens nos espaços cotidianos deles", diz.

A especialista sugere que as ações de saúde sejam levadas aos ambientes de convívio dos adolescentes, como a escola. "Com essa prática educativa, levantam-se questões de exames, aspectos de saúde e prevenção", diz. Então, os profissionais da saúde podem orientar o encaminhamento à consulta.

Bem-estar. O estudo apresenta também dados como obesidade e sedentarismo. Entre os adolescentes entrevistados, apenas 25% comem saladas ou legumes uma ou duas vezes por semana e 29% não praticam atividades físicas regularmente.

Abs,

Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com

Fonte: O Tempo

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