Market share | Atacarejo já responde por 14% das vendas do autosserviço alimentar
O Atacarejo tem rentabilidade maior e preços baixos para os clientes, pontos chaves para fazer esse canal de vendas prosperar.
Os dados são do instituto Nielsen e foram divulgados na abertura da 45ª Convenção da Abras, Associação Brasileira de Supermercados.
Super e hipermercados representam 73% desse mercado e o restante é dividido entre os segmentos de combustíveis, farmácias, bens duráveis e comércio eletrônico.
Desde que o formato foi alavancado com as compras de Atacadão pelo Carrefour e Assaí pelo Pão de Açúcar, o segmento não para de crescer, mobilizando empresas de todo o País. Os atacarejos, ou cash carry, são modelos de custo baixo, que garantem preços atraentes para o consumidor. A margem é apertada, mas o formato assegura um bom volume.
Para se ter uma ideia, a despesa operacional do Assaí correspondeu, no ano passado, a 11,2% das vendas líquidas, contra 18% do Grupo Pão de Açúcar alimentar. Já a margem bruta ficou em 14,3%, inferior aos 25,3% registrados pelas demais bandeiras do mesmo grupo.
O Assaí, segundo o Ranking de Supermercados de SM, cresceu 41,3% em 2010. Nas lojas em operação há mais de um ano, o aumento real foi de 12,3%. Para Hugo Bethlem, executivo do Grupo, foi o food service que puxou as vendas do formato, pois sua velocidade de crescimento tem sido duas vezes superior à do varejo alimentar. "O segmento vem sendo favorecido pelo aumento do emprego formal, que tem oferecido o benefício do vale-alimentação e permitido às pessoas comerem fora mais vezes", afirmou.
O Atacadão também vem acumulando crescimento e já responde por 50% do faturamento da empresa. Segundo o presidente mundial do Carrefour, Lars Olofsson, é um "ótimo negócio", com taxa de crescimento superior a 20%. O formato conta hoje com 74 lojas e até o fim do ano deve abrir 17 novos pontos.
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com