Índice Big Mac | Brasil tem o quarto Big Mac mais caro do mundo Mcdonald's
Quem sabe um dia não tenhamos o índice Havaianas ou o índice Brahma. Marcas brasileiras escolhidas para serem mundiais.
A publicação britânica lembra que, aos 25 anos de vida, o índice precisava de uma "turbinada”. Agora, além de simplesmente comparar o preço do Big Mac entre países, o índice também é apresentado após um ajuste feito a partir do PIB per capital de cada nação veja infográfico abaixo.
Segundo a Economist, essa nova metodologia torna mais justa a comparação, pois leva em consideração o fato de que países mais pobres normalmente têm custos de produção menores – e, portanto, preços menores – principalmente por causa dos salários mais baixos dos trabalhadores. No entanto, esse ajuste não foi suficiente para tirar o Brasil do topo do ranking das moedas mais valorizadas.
Dos 37 países pesquisados, o Brasil tem o quarto Big Mac mais caro, ou seja,o índice sugere que o real está supervalorizado em 52% (o câmbio "justo" seria de R$ 2,34 por dólar). Na ponta do lápis, é mais caro comer um sanduíche aqui (US$ 6,16 ou R$ 9,50) do que nos Estados Unidos (US$ 4,07 ou R$ 6,27).
Quando é utilizada a nova metodologia, o Brasil assume o primeiro lugar do ranking, ou seja, temos a moeda mais valorizada do mundo ao se levar em consideração o PIB per capita. O real estaria supervalorizado em incríveis 149%.
Já a China vive uma situação diferente. Pela metodologia antiga, que apenas compara os preços dos sanduíches, a conclusão é de que o iuane está desvalorizado em 44% (o Big Mac custa US$ 2,27 na China ante US$ 4,07 nos Estados Unidos).
Porém, quando é feito o ajuste pelo PIB per capital, a moeda chinesa fica praticamente no zero a zero em relação ao dólar.
“O resultado está distante dos pleitos para que a China valorize a sua moeda entre 20% a 25%”, diz a Economist, que salienta que o índice Big Mac "ainda está longe da perfeição, mas ficou mais 'saboroso' após o novo ajuste".
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: Exame, The economist