Natal no Brasil dos tributos | Governo vai ganhar mais do Papai Noel do que o presenteado
O Governo é sócio de todos os empresários brasileiros e agora, mais do que nunca, do seu presente de Natal.Os impostos cobrados sobre os presentes e tradicionais produtos da ceia de Natal continuam altos, mas, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária permanece estável em relação ao ano passado. O consumidor paga, por exemplo, 78,43% em impostos pelo perfume importado, produto que lidera o ranking com a maior incidência de tributos sobre o custo total.
No caso do iPod, 49,45% do valor do produto são destinados aos cofres públicos. Para bebidas, como whisky e vinho, a carga é de 61,22% e 54,73%, respectivamente. O espumante também é outro produto que sofre com a alta tributação: 59,49%. Já nos telefones celulares, presentes comuns nesta época do ano, a incidência de taxas chega a 39,80%; e nos laptops, 33,62%.
"Nesses produtos, a quantidade de tributos federais é maior que a dos estaduais e municipais, mas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um dos que mais incide sobre o valor final dos produtos, podendo alcançar uma alíquota de 25% por serem considerados supérfluos", explica o presidente do IBPT, João Eloi Olenike.
Apesar da desvalorização do dólar e de o Imposto sobre Importação (II) não ter aumentado em relação a 2009, o preço de muitos importados não caiu para o consumidor final. "O fato de ter desvalorização cambial, muitas vezes, não coincide com a vontade dos lojistas em baixar os preços", avalia Olenike.
O fato é que quem reclama, paga menos tributos. Você, empresário, não reclama? Vai continuar a pagar mais tributos.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: O Tempo