Pesquisa | 81% das mulheres querem comprar produtos tecnológicos
O levantamento foi realizado pela Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do grupo Bolsa de Mulher, com 712 mulheres entre 18 e 60 anos de todo o Brasil.
Nos próximos seis meses, 45% das entrevistadas têm intenção de comprar uma TV de alta definição. Os notebooks ficam em segundo lugar, com 29%, atrás estão máquinas fotográficas digitais (25%), netbooks (16%) e videogames (13%). A surpresa ficou por conta da baixa intenção de compra de aparelhos celulares: smartphones têm apenas 13% das intenções, e iPhone, 11%.
Na hora da compra, 75% pesquisam o melhor preço. Os meios são a internet (65%), o site específico da fabricante (41%) e também a indicação de pessoas de confiança que tenham adquirido o mesmo produto (39%). As mulheres consideram o preço (35%), a segurança (28%) e a garantia (21%), ao decidir entre comprar em loja ou via web.
Com 63% das menções, ter várias funcionalidades é o fator mais importante na escolha do produto. Depois aparece a possibilidade de uso para estudos e trabalho (47%), lazer (36%), e a possibilidade de compartilhar com outras pessoas da família (27%). E para adquirir o próximo produto tecnológico, as mulheres avaliam a alta qualidade/performance de som/imagem (53%); facilidade de manuseio (39%); alta capacidade de armazenamento de dados (36%); velocidade de processamento de dados (34%); acesso à internet (32%); além de design moderno e atraente (31%).
Intenção de compra reflete números do mercado
Entre as mulheres, os notebooks e netbooks estão entre os primeiros na lista de compras. Não por acaso, o mercado brasileiro de computadores registrou expansão de 20% nas vendas do primeiro semestre deste ano, frente ao mesmo intervalo do ano passado. Neste trimestre, as vendas de PCs já cresceram 23%, segundo dados preliminares da consultoria IDC (International Data Corporation).
A expectativa da consultoria é expandir em 24% as vendas de PCs neste ano frente a 2009. Para o mercado de TI, há a previsão de um aumento de 14% da receita, saindo de R$ 56 bilhões para R$ 64 bilhões. Segundo Mauro Peres, diretor-geral da IDC, a receita cresce menos devido à redução dos preços praticados no varejo, fruto do aumento da concorrência entre fabricantes e da queda nos custos com produtos importados.
O melhor para a tecnologia é associar a moda e a "compulsão" de compras das mulheres para impulsionar o segmento e sair da mesmice de que tecnologia é para "antenados em tecnologia". A tecnologia, simplificada em celulares e netbooks já são tão acessíveis que quem entender que a tecnologia cabe no comportamento de compra e da moda, sairá na frente. O que acha?
Abs,
Jony Lan
Consultor em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: Sophia Mind, SM, Valor Econômico