Nilza | A empresa "azedou", mas mesmo em recuperação judicial, ela pode ser comprada
Com a produção parada desde junho e sem conseguir cumprir seu plano de recuperação judicial, a Nilza apresentou ontem um possível comprador de seus ativos. A Airex Trading atua no comércio de peças, segundo a Nilza, e tem sede em Manaus. O valor do negócio está estimado em R$ 436 milhões, o que seria equivalente ao tamanho da dívida.
Desse total, R$ 5 milhões seriam usados para quitar o passivo trabalhista e outros R$ 9 milhões para retomar as operações das duas fábricas – em Ribeirão Preto (SP) e Itamonte (MG). O restante do débito seria quitado em dez anos com prestações mensais, mas o pagamento só seria iniciado após período de 15 meses. “Os credores ficaram de analisar e a assembleia ficou suspensa até o próximo dia 8 de novembro. Além disso, os credores trabalhistas aceitam adiar por 20 dias o pagamento que a empresa teria que fazer no dia 21 de outubro”, explica Marcelo Barbosa Avelar, vice-presidente da Coonai (Cooperativa Nacional Agro Industrial), fornecedora de leite da Nilza, que tem R$ 4 milhões a receber.
Apesar da possibilidade de compra, Avelar considera que a melhor opção para a Nilza seria o pedido de falência. “Assim, empresas que já são do setor poderiam comprar os ativos e a marca que é bastante forte. Essa seria a solução mais rápida na nossa avaliação.”
Quer vender a sua empresa, vamos falar.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: Valor Econômico