Cartões de Crédito | após liberação da exclusividade das 'maquininhas', Belo Horizonte já aponta economia de até 56% nas tarifas
Esse é o cenário da concorrência. Quem se prepara antes para uma possível nova regra, norma ou legislação do governo, sempre sai da frente.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte realizou sondagem com 300 varejistas entre 12 e 18 de agosto deste ano para verificar as mudanças após a liberação do uso de uma mesma máquina para diversas bandeiras de cartão de crédito. Os comerciantes apontaram uma redução de até 56% na tarifa cobrada pelas operadoras, além de queda de 40% no valor do aluguel da POS – máquina utilizada na leitura dos cartões. “A administradora entrou em contato com minha esposa e ofereceu redução na taxa do equipamento, que custava mais de R$ 80 e caiu para R$ 39,60. Fechamos um contrato de seis meses. Com a outra administradora, já pagávamos R$ 42”, conta Idolindo José de Oliveira, dono de duas farmácias na região.
Mesmo assim, alguns lojistas ainda estão receosos de utilizar uma única máquina. “Após quatro meses das mudanças no setor de cartões de crédito, é visível a resistência cultural dos empresários frente à tecnologia. A principal dúvida tem sido operar com uma única máquina. Eles temem que um equipamento não comporte muitas transações”, ressalta Silvânia Araújo, coordenadora do Departamento de Economia da Fecomércio de Minas Gerais. Para ela, o período do Natal será um bom termômetro para avaliar essa questão. “Sendo positivo o resultado, a propaganda boca a boca entre os empresários irá consolidar sua relação com as credenciadoras”.
Dos empresários ouvidos, 61,3% afirmaram já ter negociado com alguma credenciadora. Dos 38,7% que ainda não buscaram nenhum tipo de negociação, 52,3% estão analisando propostas e 18,6% pretendem esperar um pouco mais. As principais justificativas são: não ter recebido nenhuma proposta das credenciadoras; não conseguir ser atendidos por elas; estar com alguma pendência financeira; ou achar ainda que o custo das tarifas está alto.
Atualmente, cerca de 1,2 milhão de empresas utilizam cartões em suas vendas. O número de micro e pequenas empresas formais é de 5,8 milhões. Elas representam 99% do total de empreendimentos do País. Com isso, acredita-se no potencial de crescimento das vendas com cartão ainda seja grande.
Alguém ainda tem dúvidas sobre o dinheiro de plástico? Acho que se um dia inovassem em colocar o dedo polegar como "passe" para créditos, seria muito mais útil e prático, mas perderia o glamour das bandeiras dos cartões. Mas que acabaria com esse monte de cartões, isso sim, acabaria. Que tal reinventar o sistema de pagamentos?
Abs,
Jony Lan Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: SM, Revista PEGEN