Pesquisa de marketing: R$ 100 é o custo de cada domicílio pesquisado em SP sobre mercado de trabalho
Tem empresa que acha que pesquisar é lançar um site de pesquisas no ar e pronto, está feito a pesquisa. E por que a pesquisa custa tão cara? Você tem ideia de quanto custa uma pesquisa para avaliar o mercado de trabalho de uma cidade como São Paulo? O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima que, por mês, cada casa pesquisada pela PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) represente um gasto de R$ 100 aos cofres públicos.
Mensalmente, a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) avalia até 3.000 domicílios nos 39 municípios da Grande SP (incluindo a capital). A pesquisa é feita da mesma forma em outras seis cidades – Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador.
Renato Gazola Fonseca, chefe da divisão de campo do Seade, conta há um valor médio estimado para as diferentes etapas da pesquisa.
- Para cada área de amostragem, nós identificamos até a melhor maneira de o coletor chegar àquela residência. Pode ser de ônibus, de carro, à pé. Imagine que, no Morumbi, por exemplo, há a parte nobre e há as favelas. E temos que levar até isso em conta quando pensamos na logística desse estudo.
Um mês antes, a fundação seleciona regiões consideradas de amostragem (a parte que representa o todo), e dentro delas subdivide as áreas para chegar a um endereço único. Então, é enviada uma carta para aquele local avisando que um pesquisador visitará a casa, na qual é explicado o objetivo do levantamento.
Cada um dos 40 profissionais envolvidos carrega um palmtop (computador de bolso), usado para preencher e enviar em tempo real as respostas da pesquisa. Elas serão tabuladas pelos coordenadores das equipes e, depois, rechecados, para confirmar os dados.
A partir daí, há outros 70 profissionais que ficam no escritório para analisar essas informações, produzir as tabelas e comparar os resultados com os dos meses anteriores, para verificar se houve queda, estabilidade ou aumento no emprego. Outra equipe vai avaliar esses movimentos para encontrar, nas características do mês estudado, o que pode ter levado a esse resultado.
A PED é realizada de forma ininterrupta desde 1984 na cidade de São Paulo, tendo sido adotada a mesma metodologia nas outras regiões em seguida.
Maria Alice Bezerra Cutrim, gerente de pesquisa de campo, explica que o levantamento não deve ser tratado como uma mera coleta de dados, mas como um retrato fiel do mercado de trabalho.
- A pesquisa passa por uma verificação intensa do emprego. Ela tem o compromisso de produzir um dado que corresponda ao que acontece no mundo real.
A forma como ocorre a pesquisa, se todas as empresas disponibilizassem sua metodologia e seus caminhos, mais credibilidade passariam para os que compram os dados.
Mensalmente, a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) avalia até 3.000 domicílios nos 39 municípios da Grande SP (incluindo a capital). A pesquisa é feita da mesma forma em outras seis cidades – Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador.
Renato Gazola Fonseca, chefe da divisão de campo do Seade, conta há um valor médio estimado para as diferentes etapas da pesquisa.
- Para cada área de amostragem, nós identificamos até a melhor maneira de o coletor chegar àquela residência. Pode ser de ônibus, de carro, à pé. Imagine que, no Morumbi, por exemplo, há a parte nobre e há as favelas. E temos que levar até isso em conta quando pensamos na logística desse estudo.
Um mês antes, a fundação seleciona regiões consideradas de amostragem (a parte que representa o todo), e dentro delas subdivide as áreas para chegar a um endereço único. Então, é enviada uma carta para aquele local avisando que um pesquisador visitará a casa, na qual é explicado o objetivo do levantamento.
Cada um dos 40 profissionais envolvidos carrega um palmtop (computador de bolso), usado para preencher e enviar em tempo real as respostas da pesquisa. Elas serão tabuladas pelos coordenadores das equipes e, depois, rechecados, para confirmar os dados.
A partir daí, há outros 70 profissionais que ficam no escritório para analisar essas informações, produzir as tabelas e comparar os resultados com os dos meses anteriores, para verificar se houve queda, estabilidade ou aumento no emprego. Outra equipe vai avaliar esses movimentos para encontrar, nas características do mês estudado, o que pode ter levado a esse resultado.
A PED é realizada de forma ininterrupta desde 1984 na cidade de São Paulo, tendo sido adotada a mesma metodologia nas outras regiões em seguida.
Maria Alice Bezerra Cutrim, gerente de pesquisa de campo, explica que o levantamento não deve ser tratado como uma mera coleta de dados, mas como um retrato fiel do mercado de trabalho.
- A pesquisa passa por uma verificação intensa do emprego. Ela tem o compromisso de produzir um dado que corresponda ao que acontece no mundo real.
A forma como ocorre a pesquisa, se todas as empresas disponibilizassem sua metodologia e seus caminhos, mais credibilidade passariam para os que compram os dados.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: R7