Tendência: Publicidade em games cresce no Brasil e já chega a 7 milhões
No mundo dos games, a publicidade cada vez mais interativa vem chamando a atenção de crianças e adultos. Em uma partida de futebol ou em uma competição de snowboard, os usuários têm de escolher uniformes de patrocinadores como Vivo, Allianz ou Coca-Cola, para poder jogar. Ou então, para chegar a uma segunda fase, o personagem tem de ter um tênis com poderes especiais, no caso um Nike, ou ligar de um telefone, da Motorola. É assim que as empresas vêm participando do desenvolvimento de games - dos tradicionais jogados na TV aos da internet.
A publicidade em games já gira entre US$ 7 milhões e US$ 8 milhões no país. Para 2010, o avanço previsto é de 12,5%, revela pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers.
Segundo especialistas, o objetivo é fazer uma reprodução fiel da realidade, como a publicidade vista em estádios de futebol. Entre as gigantes, Microsoft, com o Xbox, e Sony, com o PlayStation, já fazem mais da metade de seus games com algum tipo de propaganda. O mercado acredita que a Nintendo, com o Wii, será a próxima a se render aos lucros do marketing.
Para Plinio Okamoto, diretor de criação digital da agência Rapp Brasil e professor da Miami Ad School/ESPM, o consumidor gosta de realismo nos jogos. Para os anunciantes, destaca, a interação apresenta inúmeras vantagens, pois é possível medir todo o tipo de interação.
"No caso de games esportivos, as marcas são vistas com naturalidade, pois são parte importante do universo. Desde que a presença da marca seja pertinente ao enredo do jogo, não há problema algum. A Nissan já apresentou um novo modelo em um jogo de carros", diz.
Na opinião de Marcelo Cataldi, diretor de publicidade da Fox, os games vivem uma nova fase com a propaganda e o consumidor tem respondido bem. A empresa foi a responsável por desenvolver a estratégia de publicidade para um jogo de futebol pela internet, o "Bola Social Soccer".
"A publicidade está mais ativa. O usuário, ao entrar no jogo, tem que escolher um patrocinador. Para cada escolha, há uma verba e brindes virtuais diferentes".
Nas redes sociais, centenas de iniciativas. No game da Colheita Feliz, no Facebook, os jogadores recebiam sementes do chocolate e ainda podiam roubar dos outros fazendeiros.
"A relação da marca é diferente, mais descontraída", diz Michel Lent, gerente geral da OgilvyInteractive, de marketing digital da Ogilvy Brasil.
Os irmãos Marcelo, 6, e Fábia Ayupp, 10, gostam de jogar videogame e já percebem a publicidade. "Tem propaganda principalmente nos jogos de futebol, é igualzinha a propaganda da TV", diz ela. A mãe Ana Rosa impôs algumas regras: "Eles fazem os trabalhos do colégio e, só quando terminam, libero para jogar".
Números
R$ 7 milhões
é o valor que a publicidade em jogos gira no país
12,5% é o percentual
de crescimento esperado para este ano na área
2/3 dos jogos para empresas
criados em 2009 já foram feitos em 2010, até abril
Empresas já apostam em jogos próprios
Muitas empresas apostam em jogos próprios. Fred Vasconcelos, diretor executivo da Jynx Playware, empresa que desenvolve games, lembra que a demanda neste ano está muito forte. Só até abril, já foram 20 jogos criados para empresas como Nestlé, Citibank e Grupo Pão de Açúcar. Em 2009, foram 30 ao todo.
Bruno Magalhães, sócio da agência Kindle, e Tiago Kiper, da agência W3 Haus, ressaltam que a tendência é de crescimento. Num jogo do biscoito Trakinas, foram mais de 300 mil jogadores e uma votação que chegou a 500 mil, conta Kiper.
Análise breve
O crescimento tem haver com a disputa pela atenção de uma tela. Como já disse em artigos anteriores e análises, a atenção das empresas dependerá de qual tela o consumidor estará olhando. Se para a tela do computador, da TV, do celular ou de outros gadgets. E aí, basta fazer uma lista ordenada pelos preços mais caros e descobrirão que as alternativas mais em conta estão fora dos programas de TV. O Game é um deles. Melhor investir agora do que esperar o preço subir.
A publicidade em games já gira entre US$ 7 milhões e US$ 8 milhões no país. Para 2010, o avanço previsto é de 12,5%, revela pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers.
Segundo especialistas, o objetivo é fazer uma reprodução fiel da realidade, como a publicidade vista em estádios de futebol. Entre as gigantes, Microsoft, com o Xbox, e Sony, com o PlayStation, já fazem mais da metade de seus games com algum tipo de propaganda. O mercado acredita que a Nintendo, com o Wii, será a próxima a se render aos lucros do marketing.
Para Plinio Okamoto, diretor de criação digital da agência Rapp Brasil e professor da Miami Ad School/ESPM, o consumidor gosta de realismo nos jogos. Para os anunciantes, destaca, a interação apresenta inúmeras vantagens, pois é possível medir todo o tipo de interação.
"No caso de games esportivos, as marcas são vistas com naturalidade, pois são parte importante do universo. Desde que a presença da marca seja pertinente ao enredo do jogo, não há problema algum. A Nissan já apresentou um novo modelo em um jogo de carros", diz.
Na opinião de Marcelo Cataldi, diretor de publicidade da Fox, os games vivem uma nova fase com a propaganda e o consumidor tem respondido bem. A empresa foi a responsável por desenvolver a estratégia de publicidade para um jogo de futebol pela internet, o "Bola Social Soccer".
"A publicidade está mais ativa. O usuário, ao entrar no jogo, tem que escolher um patrocinador. Para cada escolha, há uma verba e brindes virtuais diferentes".
Nas redes sociais, centenas de iniciativas. No game da Colheita Feliz, no Facebook, os jogadores recebiam sementes do chocolate e ainda podiam roubar dos outros fazendeiros.
"A relação da marca é diferente, mais descontraída", diz Michel Lent, gerente geral da OgilvyInteractive, de marketing digital da Ogilvy Brasil.
Os irmãos Marcelo, 6, e Fábia Ayupp, 10, gostam de jogar videogame e já percebem a publicidade. "Tem propaganda principalmente nos jogos de futebol, é igualzinha a propaganda da TV", diz ela. A mãe Ana Rosa impôs algumas regras: "Eles fazem os trabalhos do colégio e, só quando terminam, libero para jogar".
Números
R$ 7 milhões
é o valor que a publicidade em jogos gira no país
12,5% é o percentual
de crescimento esperado para este ano na área
2/3 dos jogos para empresas
criados em 2009 já foram feitos em 2010, até abril
Empresas já apostam em jogos próprios
Muitas empresas apostam em jogos próprios. Fred Vasconcelos, diretor executivo da Jynx Playware, empresa que desenvolve games, lembra que a demanda neste ano está muito forte. Só até abril, já foram 20 jogos criados para empresas como Nestlé, Citibank e Grupo Pão de Açúcar. Em 2009, foram 30 ao todo.
Bruno Magalhães, sócio da agência Kindle, e Tiago Kiper, da agência W3 Haus, ressaltam que a tendência é de crescimento. Num jogo do biscoito Trakinas, foram mais de 300 mil jogadores e uma votação que chegou a 500 mil, conta Kiper.
Análise breve
O crescimento tem haver com a disputa pela atenção de uma tela. Como já disse em artigos anteriores e análises, a atenção das empresas dependerá de qual tela o consumidor estará olhando. Se para a tela do computador, da TV, do celular ou de outros gadgets. E aí, basta fazer uma lista ordenada pelos preços mais caros e descobrirão que as alternativas mais em conta estão fora dos programas de TV. O Game é um deles. Melhor investir agora do que esperar o preço subir.
Abs,
Jony Lan
Consultor em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: O Tempo