23% dos computadores são vendidos em super e hipermercados
Um em cada quatro computadores saiu das prateleiras de lojas como Walmart, Carrefour e Lojas Americanas, no primeiro trimestre de 2010, revela levantamento da GfK Retail and Technology.
Já na comparação com os primeiros três meses de 2009, o autosserviço e as lojas de departamento ganharam seis pontos percentuais de participação nas vendas de computadores, passando de 17% para 23% do total.
O que reforça o papel do segmento na preferência do consumidor é o preço baixo aliado ao pagamento facilitado. Para Alex Ivanov, gerente de negócios da GfK, isso garante ao autosserviço ser hoje o canal de vendas mais agressivo. "Um notebook, por exemplo, custa, em média, 10% mais barato nessas lojas quando comparado à média do mercado", diz o especialista.
Esse avanço vem acontecendo sobre as lojas de informática, cuja participação de mercado passou de 41% para 33% na comparação trimestral. A pesquisa da GFK ainda mostra que em março, no segmento de netbooks, os hipermercados, supermercados e lojas de departamento responderam por 34% das vendas no Brasil, garantindo a liderança na categoria.
Um dos desafios para as lojas de varejo é preparar melhor os vendedores e não depender do preço como argumento para atrair os consumidores. "O mercado é novo e está se especializando", diz o executivo.
Portáteis já são os mais vendidos
As vendas de computadores subiram 14% entre janeiro e março deste ano, em relação a igual período do ano passado. Mais da metade das 1,8 milhão de unidades vendidas aos consumidores foram de notebooks e netbooks, segundo a pesquisa da GFK.
Um dos motivos para essa mudança de comportamento do consumidor brasileiro, aponta a pesquisa, é a queda nos preços desses produtos. Quem comprou um computador portátil nos primeiros três meses deste ano pagou 19% menos pelo equipamento em relação a quem fez a aquisição no começo de 2009. Já o preço dos computadores de mesa tiveram queda de apenas 2% no mesmo período.
Essa tendência é um indicador importante. Indica que o mercado cinza ou "negro" que alguns constumavam falar já está se reduzindo à muito pouco. Outro indicativo é que computadores deixou de ser artigo de luxo na casa dos brasileiros. Com preços abaixo ou quase igual a celulares mais parrudos, os computadores já fazem parte da estatística do IBGE. Agora estamos na segunda onda de quem possui um notebook, a onda dos netbooks. Qua será a próxima onda? Venda de TV's com acesso à internet?
Abs,
Jony Lan
Consultor em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: Valor