Marketing Experience: Playboy americana investe em capa com 3D

"O que as pessoas mais gostariam de ver em 3D? Provavelmente uma mulher nua", disse o fundador da revista, Hugh Hefner. Ele não esconde que a novidade é mero aproveitamento da popularidade de longas como "Avatar" e "Como treinar seu dragão", mas tampouco entende tanto estardalhaço em torno do recurso visual.
"Não sou um grande entusiasta do 3D", admitiu, em entrevista por telefone, à agência de notícias Associated Press. "Eu deixo para trás a vida real quando vou ao cinema. E, para isso, o 2D é suficiente para mim."
A 'Playboy' sabe exatamente o que está fazendo. Em novembro de 2009, colocou Marge Simpson - nua em pelo azul - em sua capa e encarte central. "No ambiente atual da imprensa temos que criar acontecimentos", disse o diretor editorial da revista, Jimmy Jellinek. "E Marge Simpson foi um desses feitos."
'Playboy' certamente deve fazer algo para conseguir que mais pessoas, especialmente os jovens, comprem a revista, que viu cair sua circulação de 3,5 milhões de exemplares em 2006 para o 1,5 milhão atual. Jellinek espera que a edição de junho recorde as pessoas que, apesar de toda a popularidade da internet, não há nada como ter uma revista nas mãos. "As pessoas querem coisas que durem e tenham significado", aposta.
Esse não é um fenômeno americano, queda de venda na circulação de revistas, é um reflexo mundial da necessidade de adaptação das empresas de mídia impressa à novas tecnologias, como a internet. Somado à segmentação e a proliferação de concorrentes (basta entrar em uma boa banca de revistas), a mídia impressa está caminhando para uma nova fase, a fase da inovação. E o melhor, acreditando cada vez mais em Marketing Experience, uma leitura que sempre gosto de fazer, pois nada substitui uma boa experiência.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: O Globo, MSN