Black Friday, a maior liquidação de varejo dos EUA

Os consumidores dos Estados Unidos correram para as lojas para aproveitar as ofertas da "Black Friday", a maior liquidação de varejo do país, que ocorre toda sexta-feira após o dia de Ação de Graças. A "Black Friday" abre a temporada de Natal e é tradicionalmente o dia de maior movimento nas lojas dos Estados Unidos, correspondente a cerca de um quinto da receita de vendas de todo o ano.

Depois de enfrentar a pior queda nas vendas em décadas, a boa notícia é que o varejo dos Estados Unidos está iniciando as vendas de Natal com estoques baixos e itens mais práticos nas prateleiras, que refletem o comportamento do consumidor.
Mas, com a taxa de desemprego em 10,2% e consumidores ainda enfrentando restrições de crédito, muitos analistas não esperam grande alta nas vendas frente ao ano passado.
A caixa de supermercado Debra Diriwachter esperou longas horas no shopping Queens Center antes da abertura das portas, às 23h de quinta-feira. Ela contou que está gastando menos com presentes este ano e pagando somente à vista. "Não quero entrar em dívida e, se eu souber o que estou gastando, é melhor."
Segundo uma pesquisa da Federação Nacional do Varejo, até 134 milhões de norte-americanos devem fazer suas compras de Natal neste fim de semana. O número é maior do que o do ano passado, mas ainda abaixo do que foi registrado em 2007, quando a crise ainda não tinha mostrado suas garras.
Lojas de departamento como Wal-Mart, Target, J.C. Penney e a de eletrônicos Best Buy notaram forte demanda por itens caros, com os produtos eletrônicos em destaque. Mas também houve procura por itens mais difíceis de vender, como joias e utensílios para cozinhar. "Sei o que eu quero e os preços que estou disposta a pagar", disse Winifred Tyson, enquanto carregava duas sacolas lotadas de roupas e itens para cozinha da nova loja da J.C. Penney em Manhattan.

A loja virtual da Apple fez seu próprio ensaio de "Black Friday" no Brasil: durante todo o dia de ontem, e até as 5h59 de hoje, promoveu "Um dia de compras da Apple", com descontos para alguns produtos vendidos no país.
Apesar do conceito de promoções parecido com a da "Black Friday", o evento virtual ainda é um embrião, se comparado à iniciativa dos Estados Unidos. A diferença de preços não acompanha: o maior desconto foi de R$ 321 para o Macbook Pro de 13, 15 ou 17 polegadas.
"Teremos um Natal amargo este ano, as pessoas estão sentindo a crise econômica, comprando menos e deixando de viajar nas férias", lamentou o diretor da divisão de pesquisas da Universidade, Douglas Schwartz.

Na popular Macy's, os clientes também se acotovelavam em busca das melhores ofertas. No entanto, outras lojas menos incensadas não estavam tão cheias.
Mesmo assim, um executivo da rede de eletrônicos Best Buy mostrou otimismo em uma entrevista à rede de televisão NBC: "Estamos muito felizes com a quantidade de gente que saiu às ruas para compra na manhã de hoje. Estamos vendendo bastante. É um bom dia".
Sexta negra
Origem. O nome "Black Friday", sexta-feira negra, é uma alusão à expressão em inglês "go in the black", que quer dizer ter mais lucros. Traduzindo em uma expressão bem brasileira, significaria "sair do vermelho".
Aos que estão aproveitando o dólar baixo para viajar aos EUA, esse é o melhor momento para aproveitar e fazer compras de gente grande e trazer muita coisa de oportunidades.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: O Tempo, AFP