Flash Mob x Marketing Mobilizing People. As estratégias contemporâneas do momento.
Antes de começar a ler a matéria vamos entender o que é Flash Mob.
Conceito atual via Wikipedia
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.
Conceito MKTmais.com
Em marketing seria uma mistura que no final eu traduzira como Mobilização Participativa de Pessoas. E para ficar chic, criaria o termo: Marketing Mobilizing People. Ou seja, se o Flash mob não tem cunho mercadológico, em marketing seria interessante criar um termo caso tenha uma marca por trás, não? Então, em marketing, vamos falar de Marketing Mobilizing People ou MMP (Marketing de Mobilização de Pessoas).
Isto posto, fica fácil separar ações de flash mob puro, sem a participação de uma marca ou empresa nos bastidores de uma ação mobilizadora de pessoas, de Marketing Mobilizing People.
Um Flash Mob segue um roteiro que foi se aperfeiçoando para "burlar" o sistema de segurança de lugares e reações óbvias que pudessem interferir no resultado final.
Improv Everywhere
Esse é o Flash Mob mais famosos do mundo. Por ser um dos primeiros e mais falados. Foi realizado pela "Improv Everywhere". Um congelamento de 207 pessoas na Grand Central Station de Nova York em janeiro de 2008.
É simplesmente a tradução atual do comportamento das pessoas neste novo século. Elas querem aparecer, participar e fazer parte do mundo. Elas querem se expressar, interagir e fazer algo diferente. Esses desejos e necessidades (como diriam um típico marketeiro), ainda não foram entendido pelas empresas. Uma pena. Mas uma parcela inteligente e nova está entendendo essa tendência. Que nada mais é do que o famoso ouvir o cliente. Já que ele não foi ouvido resolveu adotar esse novo comportamento. Diga-se de passagem, mundial. Talvez acabe se tornando uma nova categoria de consumidores, enfim, um dia irão enlatar esse povo e dizer que é um novo segmento de negócios.
Futurologia à parte, vamos à como lucrar nisso. Calma, você não vai ficar rico com isso, pelo menos não no modelo econômico tradicional. O modelo econômico tradicional cartesiano é, uma ação gera quanto de vendas. Não considera pessoas impactadas, não considera pessoas que foram "tocadas" pela ação, não considera o "murmurinho" entre os clientes e não-clientes, não considera a visibilidade, não considera o custo envolvido não gasto, não considera a mídia espontânea e não sabe nem como a métrica disso funciona, será que existe métrica para algo "vivo"? Não. Mas vamos tentar colocar isso à favor das empresas.
Case T-Mobile
A T-Mobile é uma empresa de telecomunicações que está se tornando o maior case em Marketing Mobilizing People, ou a aplicação lucrativa do Flash Mob.
Uma das primeiras ações da T-Mobile foi essa (veja a semelhança com o um dos flash mob mais famosos coloca acima), em janeiro de 2009 (1 ano após o Flash Mob do Improv):
O local escolhido foi o Liverpool Street Station. Até a escolha da locação foi semelhante, melhor não dizer que foi imitação, né. Foi bem melhor, foi inspirado, foi benchmarking, foi adaptado. Melhor, gerou até agora mais de 14 milhões de visualizações no Youtube. O filme da Improv Everywhere está com 18 milhões de visualizações. E aí, isso é métrica? Isso gerou resultado?
A T-mobile resolveu melhorar o resultado, então gerou o que estão chamando de "o maior flash mob até o momento". Mas você, leitor de MKTmais.com, sabe que se trata de uma ação de Marketing Mobilizing People.
O que usaram
Uma mistura de música, dança, cobertura de câmeras, programa de TV ao vivo, treinamento, a música número 1 no verão americano "I gotta feeling", Chicago, a maior apresentadora dos EUA (Oprah Winfrey), o grupo musical Black Eyed Peas e mais de 20 mil espectadores locais.
Organização divulgada
A rede ABC de televisão contratou o grupo Black Eyed Peas para comemorar a estréia da vigésima quarta temporada do programa da Oprah Winfrey.
Will.i.am criou com um grupo de dançarinos uma coreografia e chamou 800 fãs para o espetáculo de TV.
As 800 pessoas aprenderam os passos e ensinaram para mais de 20.000 que foram convocadas através do uso das mídias sociais Facebook e Twitter da Oprah e do próprio site do programa da Oprah.
Tudo combinado
No começo, aparece só uma menina dançando empolgada como se só ela fosse fã da banda. Aos poucos, as outras pessoas vão aderindo à coreografia e tudo fica muito contagiante. Veja desse ângulo a ação.
Oprah parece não acreditar no que vê, mas ironicamente segura um celular como se estivesse filmando tudo. Celular e T-Moblie, tudo haver. Ou seja, ação combinada e carimbada como um sucesso, sem sombra de dúvida. Aliás, a dúvida é que foi vendido como maior flash mob, mas foi mais uma ação coordenada de Marketing Mobilizing People.
A diferença? Enquanto os trabalhos tradicionais de marketing utilizam campanhas de incentivo, como prêmios, concursos culturais, etc. A nova tendência não dá nada para as pessoas, simplesmente usa à seu favor a vontade delas em participarem de um movimento, de poderem se expressar e de fazerem diferença, poderem dizer, "eu estive lá e vi tudo". Quem sabe isso não gere a maior manifestação política no futuro. Seriam "os caras pintadas na era da internet". O MultiShow já se adaptou e criou um novo quadro com a Didi Wagner, o MOB-Brasil. Tudo está sendo construindo e sendo modificado rapidamente. Quem aproveitar sempre sai na frente. Daqui a pouco vamos ter que criar o termo Surfing Marketing, surfando e nos adaptando às novas ondas que ainda estão por vir. Vamo que vamo!
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: Oprah, Wikipedia, GreenPeace
Conceito atual via Wikipedia
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.
Conceito MKTmais.com
Em marketing seria uma mistura que no final eu traduzira como Mobilização Participativa de Pessoas. E para ficar chic, criaria o termo: Marketing Mobilizing People. Ou seja, se o Flash mob não tem cunho mercadológico, em marketing seria interessante criar um termo caso tenha uma marca por trás, não? Então, em marketing, vamos falar de Marketing Mobilizing People ou MMP (Marketing de Mobilização de Pessoas).
Isto posto, fica fácil separar ações de flash mob puro, sem a participação de uma marca ou empresa nos bastidores de uma ação mobilizadora de pessoas, de Marketing Mobilizing People.
Um Flash Mob segue um roteiro que foi se aperfeiçoando para "burlar" o sistema de segurança de lugares e reações óbvias que pudessem interferir no resultado final.
Improv Everywhere
Esse é o Flash Mob mais famosos do mundo. Por ser um dos primeiros e mais falados. Foi realizado pela "Improv Everywhere". Um congelamento de 207 pessoas na Grand Central Station de Nova York em janeiro de 2008.
É simplesmente a tradução atual do comportamento das pessoas neste novo século. Elas querem aparecer, participar e fazer parte do mundo. Elas querem se expressar, interagir e fazer algo diferente. Esses desejos e necessidades (como diriam um típico marketeiro), ainda não foram entendido pelas empresas. Uma pena. Mas uma parcela inteligente e nova está entendendo essa tendência. Que nada mais é do que o famoso ouvir o cliente. Já que ele não foi ouvido resolveu adotar esse novo comportamento. Diga-se de passagem, mundial. Talvez acabe se tornando uma nova categoria de consumidores, enfim, um dia irão enlatar esse povo e dizer que é um novo segmento de negócios.
Futurologia à parte, vamos à como lucrar nisso. Calma, você não vai ficar rico com isso, pelo menos não no modelo econômico tradicional. O modelo econômico tradicional cartesiano é, uma ação gera quanto de vendas. Não considera pessoas impactadas, não considera pessoas que foram "tocadas" pela ação, não considera o "murmurinho" entre os clientes e não-clientes, não considera a visibilidade, não considera o custo envolvido não gasto, não considera a mídia espontânea e não sabe nem como a métrica disso funciona, será que existe métrica para algo "vivo"? Não. Mas vamos tentar colocar isso à favor das empresas.
Case T-Mobile
A T-Mobile é uma empresa de telecomunicações que está se tornando o maior case em Marketing Mobilizing People, ou a aplicação lucrativa do Flash Mob.
Uma das primeiras ações da T-Mobile foi essa (veja a semelhança com o um dos flash mob mais famosos coloca acima), em janeiro de 2009 (1 ano após o Flash Mob do Improv):
O local escolhido foi o Liverpool Street Station. Até a escolha da locação foi semelhante, melhor não dizer que foi imitação, né. Foi bem melhor, foi inspirado, foi benchmarking, foi adaptado. Melhor, gerou até agora mais de 14 milhões de visualizações no Youtube. O filme da Improv Everywhere está com 18 milhões de visualizações. E aí, isso é métrica? Isso gerou resultado?
A T-mobile resolveu melhorar o resultado, então gerou o que estão chamando de "o maior flash mob até o momento". Mas você, leitor de MKTmais.com, sabe que se trata de uma ação de Marketing Mobilizing People.
O que usaram
Uma mistura de música, dança, cobertura de câmeras, programa de TV ao vivo, treinamento, a música número 1 no verão americano "I gotta feeling", Chicago, a maior apresentadora dos EUA (Oprah Winfrey), o grupo musical Black Eyed Peas e mais de 20 mil espectadores locais.
Organização divulgada
A rede ABC de televisão contratou o grupo Black Eyed Peas para comemorar a estréia da vigésima quarta temporada do programa da Oprah Winfrey.
Will.i.am criou com um grupo de dançarinos uma coreografia e chamou 800 fãs para o espetáculo de TV.
As 800 pessoas aprenderam os passos e ensinaram para mais de 20.000 que foram convocadas através do uso das mídias sociais Facebook e Twitter da Oprah e do próprio site do programa da Oprah.
Tudo combinado
No começo, aparece só uma menina dançando empolgada como se só ela fosse fã da banda. Aos poucos, as outras pessoas vão aderindo à coreografia e tudo fica muito contagiante. Veja desse ângulo a ação.
Oprah parece não acreditar no que vê, mas ironicamente segura um celular como se estivesse filmando tudo. Celular e T-Moblie, tudo haver. Ou seja, ação combinada e carimbada como um sucesso, sem sombra de dúvida. Aliás, a dúvida é que foi vendido como maior flash mob, mas foi mais uma ação coordenada de Marketing Mobilizing People.
A diferença? Enquanto os trabalhos tradicionais de marketing utilizam campanhas de incentivo, como prêmios, concursos culturais, etc. A nova tendência não dá nada para as pessoas, simplesmente usa à seu favor a vontade delas em participarem de um movimento, de poderem se expressar e de fazerem diferença, poderem dizer, "eu estive lá e vi tudo". Quem sabe isso não gere a maior manifestação política no futuro. Seriam "os caras pintadas na era da internet". O MultiShow já se adaptou e criou um novo quadro com a Didi Wagner, o MOB-Brasil. Tudo está sendo construindo e sendo modificado rapidamente. Quem aproveitar sempre sai na frente. Daqui a pouco vamos ter que criar o termo Surfing Marketing, surfando e nos adaptando às novas ondas que ainda estão por vir. Vamo que vamo!
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fontes: Oprah, Wikipedia, GreenPeace