Como explorar as lojas de conveniências em postos de combustível? O Espoleto tem uma alternativa.
As lojas de conveniências vieram, mas muitas também se foram. Isso porque muitas foram atreladas aos postos de gasolina. Mas muitos postos nem sempre são os mesmos em desempenho, em localização, em giro do caixa, etc. Eis que surge uma alternativa interessante.A rede de culinária italiana, Spoleto, que participa pela primeira vez da Expo Postos & Conveniências São Paulo 2009 (de 16 a 18 de setembro na Expo Center Norte, em São Paulo) vai apresentar o seu modelo compacto apropriado para as lojas de conveniência dos postos de gasolina.
O modelo segue os mesmos padrões do restaurante tradicional, mas é formado somente por forno e pista fria de ingredientes. Pode ser montado em ambientes com, no mínimo, 20m² e o investimento é a partir de R$ 150 mil. A empresa já inaugurou seis unidades desde 2008 e projeta abrir mais 12 até o final de 2009. A rede finalizou 2008 com faturamento de R$ 258 milhões, o equivalente a 23% de crescimento.
Ótimo para revitalizar essa área de conveniência, a muito tempo "às moscas" pelas bandeiras de combustíveis. O modelo de negócio de vender chocolate e biscoitos em lojas de conveniência já está muito ultrapassado. Esse foi o maior erro na exploração desses espaços, não é à toa que as redes de supermercados implantaram bandeiras de postos de gasolina aos seus "trambolhos" hipermercados. utilizaram melhor os seus espaços. Diferente dos postos de gasolina, que têm reduzido os espaços para esses tipos de lojas. Melhor ter uma franquia forte em alimentos, do que ter a loja e conveniência nos postos de gasolina. Esse foi o erro no modelo de negócios, achar que quem abastece vai comprar algo na loja de conveniência. Não teve evolução, adaptação e lá se vão mais de décadas com o mesmo modelo. Resultado: não pararam para pensar que em varejo, em alimentos, as pessoas vão para comprar algo, como em um supermercado. A maioria não vai no posto de gasolina só para comprar barras de chocolate, vai, primeiro, para colocar combustível. Felizes são os postos que posuem cadeias de fast-foods como vizinhos.
Minha sugestão é que transformem a área de conveniência em um mini centro comercial, uma área de serviços, como os supermercados fizeram nos seus corredores de serviços que não tem nada haver com supermercado. Vamos ver quanto tempo demora para mudarem o modelo de negócios?
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: Empreendedor
