Case: Chegou a hora de crescer? A Martins acredita que sim.
Acompanhe nas próximas linhas um pouco das estratégias da Martins, uma das maiores empresas de distribuição do Brasil.
Confiante na reversão da queda do lucro líquido contabilizado em 2008, o mineiro Sistema Integrado Martins, o maior atacadista do País na modalidade distribuição e entrega, negocia a compra de pelo menos 100 caminhões para reforçar a estrutura logística, na reta final do ano, e alavancar os resultados. Em entrevista ao DCI, César Suaki dos Santos, CEO da companhia, afirmou que negocia a aquisição com montadoras, podendo estar na disputa Iveco, Mercedes-Benz e Volkswagen.
Virada Estratégica
"Estamos nos preparando para ter crescimento maior no terceiro e no quarto trimestres em relação a 2008", disse. A meta é reduzir o custo da operação e ser mais eficiente na entrega de pedidos a clientes. Proprietário de uma frota estimada em 1.335 veículos, as compras do atacadista sempre movimentam o setor automotivo. No ano passado, foram encomendadas 725 unidades à Iveco, por R$ 100 milhões.
O executivo não revela a quantidade veículos ou quanto será investido nesta renovação, mas garante que isso "custará algumas dezenas de milhões de reais" aos cofres da empresa. Também foi com a mesma fabricante que o Martins fechou a compra de 151 veículos, entre caminhões pesados e semipesados. Além disso, estão à disposição do atacadista mais 370 veículos, terceirizados.
Resultados
Responsável pelo faturamento de R$ 3,6 bilhões no ano passado, um incremento de 7,7%, segundo ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), a cadeia reportou naquele período um lucro líquido quase 40% menor, totalizando R$ 36,8 milhões. Sua base de clientes é formada por 315 mil compradores ativos nas áreas de alimento, farmácia, eletroeletrônicos, informática, material para construção e veterinário.
Infraestrutura e Expansão
Os planos do fundador da companhia Alair Martins e sua cúpula são fortalecer a presença no norte, sudeste, nordeste e sul com a construção de mais centros de distribuição, que serão somados aos 38 existentes visando a facilitar as entregas nos mais de cinco mil municípios brasileiros.
"Nos próximos meses faremos novos investimentos nesses centros de distribuição para que estejam em funcionamento ainda este ano, e operando plenamente em meados de 2010", revelou Suaki, enfatizando que a rede tem muito espaço geográfico a explorar no Brasil.
Questionado se há déficit no abastecimento do Martins pelas fabricantes de linhas branca (refrigerador, lavadora, fogão e tanquinho) e marrom (televisor, imagem e som), o CEO diz que as encomendas foram feitas com antecedência e que não há atrasos nas entregas. "Após a redução do imposto na linha branca, a venda de alguns itens cresceu até 30%."
Pontos Chaves Dentre os fatores que levarão o atacadista Martins a elevar os resultados este ano, está o baixo índice de inadimplência. "Considerando-se os clientes com atraso no pagamento superior a sete dias, estamos com o menor índice de devedores dos últimos 12 anos", disparou Suaki, com uma certa empolgação.
Canais de vendas
A operação de varejo do Martins, denominada Rede Smart, possui 1.247 pequenas e médias supermercadistas associadas, com faturamento superior a R$ 5,2 bilhões ao ano. Neste ano, a companhia afirma que os associados estão registrando crescimento de até 20%. No início do mês, a Smart chegou aos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná com a adesão de 112 estabelecimentos. "A Região Sul é uma das maiores em renda e em potencial, por isso fomos reforçar a atuação lá: antes atuávamos apenas em Santa Catarina", pontuou Luiz Henrique Escobar, diretor de Operações da rede.
Além da atuação no atacado e no varejo, o grupo é formado por um braço financeiro, o Tribanco, e pela Universidade Martins do Varejo, controlados a partir do Município de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Outro canal de venda do grupo para o consumidor é a operação de comércio eletrônico (e-commerce) eFácil, que completou sete anos de criação com um crescimento anual médio de 300% nos últimos três anos. O balanço divulgado pela holding apresenta um salto de 600% nos ganhos da loja virtual nos últimos 15 meses.
Em 2008, foram expedidos 150 mil pedidos, que englobam a compra de itens nas categorias de eletrônicos, informática, utilidades domésticas, telefonia, pet shop, esporte, beleza e saúde.
Três questões para pensarem estrategicamente via MKTmais.com:
1) Como a diversificação têm favorecido a Martins? Será que ela se aplica à empresas de outros setores?
2) A sua empresa sabe a capacidade de faturamento máximo? O que ela têm feito para crescer além do que já faturam?
3) Quais as vantagens competitivas que a Martins possuí frente aos seus concorrentes? Sua empresa possui as mesmas vantagens?
Não há respostas certas ou erradas, mas há caminhos para responder as questões. Caso você não consiga responder a todas as perguntas, não se preocupe. Muitas empresas talvez nunca tenham parado para respondê-las também, apenas executam. Refletir demais enlouquece, pense nisso.
Confiante na reversão da queda do lucro líquido contabilizado em 2008, o mineiro Sistema Integrado Martins, o maior atacadista do País na modalidade distribuição e entrega, negocia a compra de pelo menos 100 caminhões para reforçar a estrutura logística, na reta final do ano, e alavancar os resultados. Em entrevista ao DCI, César Suaki dos Santos, CEO da companhia, afirmou que negocia a aquisição com montadoras, podendo estar na disputa Iveco, Mercedes-Benz e Volkswagen.
Virada Estratégica
"Estamos nos preparando para ter crescimento maior no terceiro e no quarto trimestres em relação a 2008", disse. A meta é reduzir o custo da operação e ser mais eficiente na entrega de pedidos a clientes. Proprietário de uma frota estimada em 1.335 veículos, as compras do atacadista sempre movimentam o setor automotivo. No ano passado, foram encomendadas 725 unidades à Iveco, por R$ 100 milhões.
O executivo não revela a quantidade veículos ou quanto será investido nesta renovação, mas garante que isso "custará algumas dezenas de milhões de reais" aos cofres da empresa. Também foi com a mesma fabricante que o Martins fechou a compra de 151 veículos, entre caminhões pesados e semipesados. Além disso, estão à disposição do atacadista mais 370 veículos, terceirizados.
Resultados
Responsável pelo faturamento de R$ 3,6 bilhões no ano passado, um incremento de 7,7%, segundo ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), a cadeia reportou naquele período um lucro líquido quase 40% menor, totalizando R$ 36,8 milhões. Sua base de clientes é formada por 315 mil compradores ativos nas áreas de alimento, farmácia, eletroeletrônicos, informática, material para construção e veterinário.
Infraestrutura e Expansão
Os planos do fundador da companhia Alair Martins e sua cúpula são fortalecer a presença no norte, sudeste, nordeste e sul com a construção de mais centros de distribuição, que serão somados aos 38 existentes visando a facilitar as entregas nos mais de cinco mil municípios brasileiros.
"Nos próximos meses faremos novos investimentos nesses centros de distribuição para que estejam em funcionamento ainda este ano, e operando plenamente em meados de 2010", revelou Suaki, enfatizando que a rede tem muito espaço geográfico a explorar no Brasil.
Questionado se há déficit no abastecimento do Martins pelas fabricantes de linhas branca (refrigerador, lavadora, fogão e tanquinho) e marrom (televisor, imagem e som), o CEO diz que as encomendas foram feitas com antecedência e que não há atrasos nas entregas. "Após a redução do imposto na linha branca, a venda de alguns itens cresceu até 30%."
Pontos Chaves Dentre os fatores que levarão o atacadista Martins a elevar os resultados este ano, está o baixo índice de inadimplência. "Considerando-se os clientes com atraso no pagamento superior a sete dias, estamos com o menor índice de devedores dos últimos 12 anos", disparou Suaki, com uma certa empolgação.
Canais de vendas
A operação de varejo do Martins, denominada Rede Smart, possui 1.247 pequenas e médias supermercadistas associadas, com faturamento superior a R$ 5,2 bilhões ao ano. Neste ano, a companhia afirma que os associados estão registrando crescimento de até 20%. No início do mês, a Smart chegou aos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná com a adesão de 112 estabelecimentos. "A Região Sul é uma das maiores em renda e em potencial, por isso fomos reforçar a atuação lá: antes atuávamos apenas em Santa Catarina", pontuou Luiz Henrique Escobar, diretor de Operações da rede.
Além da atuação no atacado e no varejo, o grupo é formado por um braço financeiro, o Tribanco, e pela Universidade Martins do Varejo, controlados a partir do Município de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Outro canal de venda do grupo para o consumidor é a operação de comércio eletrônico (e-commerce) eFácil, que completou sete anos de criação com um crescimento anual médio de 300% nos últimos três anos. O balanço divulgado pela holding apresenta um salto de 600% nos ganhos da loja virtual nos últimos 15 meses.
Em 2008, foram expedidos 150 mil pedidos, que englobam a compra de itens nas categorias de eletrônicos, informática, utilidades domésticas, telefonia, pet shop, esporte, beleza e saúde.
Três questões para pensarem estrategicamente via MKTmais.com:
1) Como a diversificação têm favorecido a Martins? Será que ela se aplica à empresas de outros setores?
2) A sua empresa sabe a capacidade de faturamento máximo? O que ela têm feito para crescer além do que já faturam?
3) Quais as vantagens competitivas que a Martins possuí frente aos seus concorrentes? Sua empresa possui as mesmas vantagens?
Não há respostas certas ou erradas, mas há caminhos para responder as questões. Caso você não consiga responder a todas as perguntas, não se preocupe. Muitas empresas talvez nunca tenham parado para respondê-las também, apenas executam. Refletir demais enlouquece, pense nisso.
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: DCI