Oportunidade estratégica: Governo quer internet banda larga em toda área rural até 2014
Quem monitora o seu ambiente de negócios sempre pode sair na frente dos seus concorrentes. Não precisa estar preparado, mas se tiver um bom articulador e investir nessas estratégias, pode colher bons lucros.
Em breve, o Ministério das Comunicações publicará nas próximas semanas portaria instituindo o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais. Com isso, abrirá caminho para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) licitar frequências para as empresas oferecerem telefonia celular e internet banda larga nas áreas rurais.
De acordo com a minuta da portaria, divulgada em 21/07/09 pelo ministro Hélio Costa, uma das condições para que as empresas comprem as frequências é que elas ofereçam os serviços em toda a área rural de sua prestação em cinco anos. O documento determina ainda o início do atendimento já em 2010.
As empresas terão ainda que atender gratuitamente os usuários de todas as escolas públicas rurais. De acordo com o ministro, a ideia é vender as frequências a preços mais baixos para que as empresas possam atender os requisitos.
O que isso significa? Possibilidade gigantesca de oferecer serviços de telecomunicações no Território brasileiro todo.
Que oportunidades isso gera? Muitas, a começar pela cadeia produtiva. Se a licitação é para as operações de telefonia celular, por exemplo, elas necessitarão de mais equipamentos de transmissão, repetidoras, antenas, mão de obra, cabos e uma parafernalha de tecnologia que não é fabricada no Brasil. Já existe uma boa malha de repetidoras de sinais de telefonia celular nas principais rodovias brasileiras, fora os cabos de fibras ópticas que atravessam o nosso país. Ganham os importadores, integradores, distribuidores, representantes de equipamentos de telecom e o governo arrecada uma fortuna só no processo de investimento inicial da estruturação disso tudo.
Quais os riscos? Imensos, pois boa parte da população brasileira se concentra nos grandes centros. Mas a população rural é expressiva, basta ver o mercado de TVs por satélite com a venda de antenas parabólicas. A audiência, se não me engano é de +/- 33%. Onde normalmente tem parabólicas, não necessariamente pega celular. O custo de intra-estrutura é alto, o que pode não ser rentável a curto e médio prazo. (Basta imaginar chegar um sinal a 20 km para apenas uma casinha no meio do mato).
Quais os desafios? Eu acredito que existem outras tecnologias que ainda não são populares o suficientes e que ainda não foram homologadas e autorizadas pela Anatel e que podem suprir em KMs o sinal de telefonia celular e dados. O que poderia reduzir os custos. Se vier engessado, pode haver desinteressados nesse processo licitório e o governo vai passar um "carão" e não poderá usar isso como fato eleitoreiro no ano que vem.
Começou a corrida do "tudo em 6 meses". Tenho certeza que veremos muito mais ações novas do governo concedendo tudo que puderem para prestar contas nas propagandas eleitorais do ano que vem.
Fonte: Folha
Em breve, o Ministério das Comunicações publicará nas próximas semanas portaria instituindo o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais. Com isso, abrirá caminho para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) licitar frequências para as empresas oferecerem telefonia celular e internet banda larga nas áreas rurais.
De acordo com a minuta da portaria, divulgada em 21/07/09 pelo ministro Hélio Costa, uma das condições para que as empresas comprem as frequências é que elas ofereçam os serviços em toda a área rural de sua prestação em cinco anos. O documento determina ainda o início do atendimento já em 2010.
As empresas terão ainda que atender gratuitamente os usuários de todas as escolas públicas rurais. De acordo com o ministro, a ideia é vender as frequências a preços mais baixos para que as empresas possam atender os requisitos.
O que isso significa? Possibilidade gigantesca de oferecer serviços de telecomunicações no Território brasileiro todo.
Que oportunidades isso gera? Muitas, a começar pela cadeia produtiva. Se a licitação é para as operações de telefonia celular, por exemplo, elas necessitarão de mais equipamentos de transmissão, repetidoras, antenas, mão de obra, cabos e uma parafernalha de tecnologia que não é fabricada no Brasil. Já existe uma boa malha de repetidoras de sinais de telefonia celular nas principais rodovias brasileiras, fora os cabos de fibras ópticas que atravessam o nosso país. Ganham os importadores, integradores, distribuidores, representantes de equipamentos de telecom e o governo arrecada uma fortuna só no processo de investimento inicial da estruturação disso tudo.
Quais os riscos? Imensos, pois boa parte da população brasileira se concentra nos grandes centros. Mas a população rural é expressiva, basta ver o mercado de TVs por satélite com a venda de antenas parabólicas. A audiência, se não me engano é de +/- 33%. Onde normalmente tem parabólicas, não necessariamente pega celular. O custo de intra-estrutura é alto, o que pode não ser rentável a curto e médio prazo. (Basta imaginar chegar um sinal a 20 km para apenas uma casinha no meio do mato).
Quais os desafios? Eu acredito que existem outras tecnologias que ainda não são populares o suficientes e que ainda não foram homologadas e autorizadas pela Anatel e que podem suprir em KMs o sinal de telefonia celular e dados. O que poderia reduzir os custos. Se vier engessado, pode haver desinteressados nesse processo licitório e o governo vai passar um "carão" e não poderá usar isso como fato eleitoreiro no ano que vem.
Começou a corrida do "tudo em 6 meses". Tenho certeza que veremos muito mais ações novas do governo concedendo tudo que puderem para prestar contas nas propagandas eleitorais do ano que vem.
Mas o importante é que as empresas precisam prestar atenção ao seu ambiente, aos seus concorrentes, aos seus clientes e às tendências de mercado e do seu setor. Há muita oportunidades e o seu aproveitamento só é possível com pessoas qualificadas e para isso. Será que a empresa em que você trabalha pensa da mesma forma? Será que você consegue enumerar quantas oportunidades foram geradas e se tornaram bons faturamentos para ao longo do tempo? Esse é um desafio diário, não basta matar um leão por dia se não afiar a faca para o outro dia.
Jony Lan
Fonte: Folha