Novo nicho no mercado de luxo : Outlet Premium São Paulo, primeiro de muitos?
O mercado de luxo vai se consolidando ano após ano. Pelo visto nunca mais vai falir. Segundo dados do banco de investimento Merrill Lynch, o número de pessoas com patrimônio superior a 1 milhão de dólares aumentou de 92 000 em 2002 para 143 000 em 2007.
Segundo a MCF e GfK, especializadas no segmento de luxo, os consumidores brasileiros de luxo gastam em média R$ 3 000 a cada compra e não raro fazem de duas a três aquisições por mês. É um número quatro vezes maior do que o verificado na Índia e o dobro do que gasta um consumidor chinês. Existem algumas diferenças também em relação à idade e à escolaridade do cliente-padrão. De acordo com o estudo, mais da metade dos compradores brasileiros de marcas de prestígio é mulher com nível superior e idade entre 26 e 35 anos. Na China e na Rússia, o público dessas grifes são mulheres mais jovens, com idade entre 20 e 30 anos, e elas nem sempre têm diploma.
Mesmo com um vasto território e com uma legião de clientes endinheirados que fizeram fortuna com o agronegócio, aproximadamente 75% dos artigos de luxo do Brasil são vendidos na cidade de São Paulo. E, desse total, 95% são comprados numa região que ficou conhecida como Quadrilátero do Luxo. Trata-se de uma área de pouco mais de 2,6 quilômetros de raio que concentra os quatro principais pontos-de-venda de grifes famosas do país (veja quadro na pág. 25): o shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, as imediações da rua Oscar Freire, nos Jardins, a Villa Daslu, no bairro da Vila Olímpia, e o Shopping Cidade Jardim, localizado próximo à marginal Pinheiros.
E hoje, 27/06/2009, mais um shopping de luxo é inaugurado em São Paulo. Só que o diferencial será o desconto. É o primeiro Outlet Premium que abre suas portas na cidade de Itupeva, interior de São Paulo. O espaço, conta com 90 grifes renomadas nacionais e internacionais que oferece produtos de coleções anteriores em perfeito estado com descontos que podem chegar a 80%.
O conceito que os empreendedores da General Shopping e da Senpar, sócios no outlet de luxo, surgiu nos Estados Unidos na década de 70. Muitos acreditam que as peças com preços muito abaixo do normal são de má qualidade ou apresentam defeitos. No Outlet Premium isso não ocorre, pois as peças são apenas de uma ou duas coleções passadas e que não foram completamente vendidas nas lojas.
Outro fator importante que colabora na hora de conceder descontos aos consumidores é a infra-estrutura do shopping a céu aberto. César Ferdermann, diretor da Senpar explica que “a redução de custos com manutenção, energia elétrica e outros itens que comprometem a renda dos lojista, são revertidos em descontos superiores a 50%”. Ou seja, conceito outlet até na estrutura do Shopping que já é utilizado em novos empreendimentos de Mall no Brasil.
Estrategicamente, no meu ponto de vista, o Shopping tem um ponto à favor: a população brasileira já consome muito marcas famosas piratas e falsificadas. Se os preços forem competitivos para adquirir um produto original, o efeito buzz de boca-a-boca será ótimo. O mall é afastado do trânsito da cidade de São Paulo, fora do caos, melhor experiência de compra. O Brasil não possui um cluster, uma rua ou uma região de outlets como o nosso vizinho portenho. Enquanto muitos brasileiros compram nos outlets de Buenos Aires, a criação de estratégias de roteiro de compras do Shopping, com parcerias e infra-estrutura, poderá criar um fluxo natural e tornar-se ponto de referência no Brasil. Ainda há muito a ser realizado e pela impressão que o site me passou estão fazendo de tudo para abrir as portas às pressas e corrigir o que falta ao longo do tempo.
Mas no primeiro mundo ou nos países desenvolvidos a novidade é velha. A Chelsea Premium Outlets, por exemplo tem lojas nos EUA e Japão. M u i t a s l o j a s. Até a cara do site da Premium Outlet São Paulo é parecida com a da Chelsea, em sua estrutura, com mulher bonita à esquerda, fundo branco, menus horizontais no topo, o endereço da web, etc. Comparem e comprovem. A não ser que a Chelsea tenha algum acordo com o empreendimento brasileiro, dá para ver que a estratégia de copiar o sucesso americano foi tomado ao pé da letra.
Fonte: Exame, DCISegundo a MCF e GfK, especializadas no segmento de luxo, os consumidores brasileiros de luxo gastam em média R$ 3 000 a cada compra e não raro fazem de duas a três aquisições por mês. É um número quatro vezes maior do que o verificado na Índia e o dobro do que gasta um consumidor chinês. Existem algumas diferenças também em relação à idade e à escolaridade do cliente-padrão. De acordo com o estudo, mais da metade dos compradores brasileiros de marcas de prestígio é mulher com nível superior e idade entre 26 e 35 anos. Na China e na Rússia, o público dessas grifes são mulheres mais jovens, com idade entre 20 e 30 anos, e elas nem sempre têm diploma.
Mesmo com um vasto território e com uma legião de clientes endinheirados que fizeram fortuna com o agronegócio, aproximadamente 75% dos artigos de luxo do Brasil são vendidos na cidade de São Paulo. E, desse total, 95% são comprados numa região que ficou conhecida como Quadrilátero do Luxo. Trata-se de uma área de pouco mais de 2,6 quilômetros de raio que concentra os quatro principais pontos-de-venda de grifes famosas do país (veja quadro na pág. 25): o shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, as imediações da rua Oscar Freire, nos Jardins, a Villa Daslu, no bairro da Vila Olímpia, e o Shopping Cidade Jardim, localizado próximo à marginal Pinheiros.
E hoje, 27/06/2009, mais um shopping de luxo é inaugurado em São Paulo. Só que o diferencial será o desconto. É o primeiro Outlet Premium que abre suas portas na cidade de Itupeva, interior de São Paulo. O espaço, conta com 90 grifes renomadas nacionais e internacionais que oferece produtos de coleções anteriores em perfeito estado com descontos que podem chegar a 80%.
O conceito que os empreendedores da General Shopping e da Senpar, sócios no outlet de luxo, surgiu nos Estados Unidos na década de 70. Muitos acreditam que as peças com preços muito abaixo do normal são de má qualidade ou apresentam defeitos. No Outlet Premium isso não ocorre, pois as peças são apenas de uma ou duas coleções passadas e que não foram completamente vendidas nas lojas.
Outro fator importante que colabora na hora de conceder descontos aos consumidores é a infra-estrutura do shopping a céu aberto. César Ferdermann, diretor da Senpar explica que “a redução de custos com manutenção, energia elétrica e outros itens que comprometem a renda dos lojista, são revertidos em descontos superiores a 50%”. Ou seja, conceito outlet até na estrutura do Shopping que já é utilizado em novos empreendimentos de Mall no Brasil.
Estrategicamente, no meu ponto de vista, o Shopping tem um ponto à favor: a população brasileira já consome muito marcas famosas piratas e falsificadas. Se os preços forem competitivos para adquirir um produto original, o efeito buzz de boca-a-boca será ótimo. O mall é afastado do trânsito da cidade de São Paulo, fora do caos, melhor experiência de compra. O Brasil não possui um cluster, uma rua ou uma região de outlets como o nosso vizinho portenho. Enquanto muitos brasileiros compram nos outlets de Buenos Aires, a criação de estratégias de roteiro de compras do Shopping, com parcerias e infra-estrutura, poderá criar um fluxo natural e tornar-se ponto de referência no Brasil. Ainda há muito a ser realizado e pela impressão que o site me passou estão fazendo de tudo para abrir as portas às pressas e corrigir o que falta ao longo do tempo.
Mas no primeiro mundo ou nos países desenvolvidos a novidade é velha. A Chelsea Premium Outlets, por exemplo tem lojas nos EUA e Japão. M u i t a s l o j a s. Até a cara do site da Premium Outlet São Paulo é parecida com a da Chelsea, em sua estrutura, com mulher bonita à esquerda, fundo branco, menus horizontais no topo, o endereço da web, etc. Comparem e comprovem. A não ser que a Chelsea tenha algum acordo com o empreendimento brasileiro, dá para ver que a estratégia de copiar o sucesso americano foi tomado ao pé da letra.
"A inauguração brasileira tem o que chamo de "efeito dominó", ou novos centros de outlets são criados ou deve-se fazer um esforço muito bem planejado para transformar o ponto em uma referência nacional. Minha dica de graça? Criar o Twitter, atual febre de rede social e microblog que poderá ser um diferencial. Se demorarem a criar isso, podem ter certeza, está faltando pessoal e visão de negócios para tornar o empreendimento um "first mover" no mercado de outlets de luxo. E se você fosse o responsável pelo marketing, o que você faria?"