Marketing: Apple, Petrobras e Heineken
Inovar é preciso, as vezes uma inovação tem um conceito de novo para a empresa e não novo para o mercado. Significa que se uma empresa adota um novo processo, lança um novo produto para ela, é considerado inovação.Todos já sabem que a Apple é sucesso com o seu Iphone, agora na versão IPhone 3GS, parece que vai continuar na estratégia de "obsolecência planejada". Novas evoluções, mas nada radical. É a forma com que a Apple gerencia seus clientes fiéis. No meu ponto de vista, estamos vivenciando a convergência do "all-in-one". Os MP10, MP12, MPx da vida já estão entre nós e como alienígenas do futuro, a briga não será de gadgets, e sim de tela. Para que tela vamos olhar. Para a dos futuros netbooks, para os celulares robustos ou para as TVs de Leds? O que vem junto dessas telas será o de menos.
Mas na terra do álcool combustível, a Petrobrás antecipou a idéia de energia combustível e abriu o primeiro posto de reabastecimento de veículos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A vantagem é que a energia será gerada a partir de energia solar, a desvantagem é que o consumidor pagará R$ 2,60 pelo quilowatt. Se fosse recarregado nas residências, o valor seria de aproximadamente R$ 0,40 por quilowatt. É o preço da inovação. Mas no mundo competitivo, o "first mover" sempre tem vantagens.E no mundo do mobile marketing, a Heineken fez uma ação para o dia dos namorados em Belo Horizonte, bem na Praça da Savassi, lugar um pouco mais elitizado da cidade. A ação funcinou da seguinte forma. Quem passou pelo local poderia ser surpreendido por um SMS com um presente para a data comemorativa. Foram sorteadas várias pessoas pelo sistema Bluetooth de um aparelho celular ao longo do dia.
Quem receber a mensagem, ganhava duas taças na compra de uma Heineken. Bastava apresentar a mensagem ao garçom em um local determinado. Todos que estivessem com o recurso ativado poderiam receber um SMS com um anúncio promocional do barril de cinco litros da marca e os pontos-de-venda participantes.
Para divulgar a campanha, promotoras com uniformes da Heineken incentivaram o público presente na Praça da Savassi a ativar o Bluetooth dos celulares. Ninguém ativa, pois o Bluetooth ligado consome muita energia e tem um alcance reduzido.
Ações usando Bluetooth não são novas, mas é uma forma das empresas interagirem com seu público no local, movendo-os a sair da comodidade para participar de algo diferente. As agências precisam criar ações mais criativas, pois compre e ganhe certamente pode não ser tão atrativo assim. Imaginem uma criança, menor de idade, sabendo da ação, ativar seu celular e ganhar a promoção. Será que ela compraria a cerveja só para ganhar os brindes? Esses são os riscos da ação. Vale a pena medir o retorno dessas ações (sem diferenciações) com as ações tradicionais, com a mesma mecânica.
Fontes: Mundodomarketing, Info1 e 2.
